quarta-feira, 2 de maio de 2012

Síndromes I


Síndrome de Williams

O que é: doença em que ocorre uma mutação do gene que regula a produção de elastina, que dá elasticidade aos vasos sangüíneos, pulmões, intestinos e à pele. Como conseqüência, surgem problemas cardiovasculares, neurológicos, renais e odontológicos, podendo afetar também a fala.
Incidência: 1 em cada 20.000 pessoas.
Principais sintomas: dificuldade de alimentação no primeiro ano de vida, face característica (nariz pequeno e empinado, cabelo encaracolado, lábios grandes, dentes pequenos), problemas cardiovasculares e pulmonares, dificuldade de locomoção e equilíbrio, atraso psicomotor, dificuldade de aprendizagem, déficit de atenção, memória excepcional para nomes de pessoas e de locais, grande sociabilidade.
Diagnóstico: através de exame de DNA, que oferece um resultado 100% preciso, ou pelo acompanhamento dos sintomas do paciente.
Tratamento: é paliativo, ou seja, busca aliviar alguns dos sintomas, principalmente aqueles que comprometem o bom funcionamento do organismo.

Doença de Gaucher

O que é: síndrome hereditária provocada pela mutação do gene da enzima glicocerebrosidase, responsável por digerir um tipo de gordura chamada glicocerebrosídeo. Nos portadores da doença, essa gordura não é digerida, ficando depositada dentro das células. Os órgãos mais afetados costumam ser o fígado e o baço. A medula óssea também fica com uma camada gordurosa, por isso os portadores da anomalia costumam ter ossatura fraca, podendo apresentar osteoporose e até mesmo diversas fraturas ao longo da vida. A síndrome também provoca uma diminuição no número de plaquetas no sangue, o que resulta em sangramento, principalmente do nariz.
Incidência: 1 em cada 40.000.
Principais sintomas: palidez, cansaço, fraqueza, sangramento (principalmente do nariz), manchas roxas espalhadas pelo corpo, dores nas pernas e nos ossos, dor no abdômen provocada pelo aumento do baço e do fígado.
Diagnóstico: é feito por meio de um exame de sangue que mede a quantidade e a presença de enzimas no organismo.
Tratamento: em 1994 foi criada uma reposição enzimática que corrige o problema. O paciente recebe infusões via intravenosa a cada duas semanas. Cada sessão tem duração de 90 minutos.

Síndrome de Reye

O que é: afeta principalmente crianças de quatro a 16 anos e costuma ocorrer logo após uma gripe ou catapora. Embora sua causa seja desconhecida, acredita-se que alguns vírus estejam envolvidos, assim como uma predisposição genética para a doença. Neste caso, a ingestão de medicamentos com ácido acetilsalicílico pode precipitar a síndrome. A síndrome danifica células do fígado e faz com que a substância química amônia se acumule no sangue, afetando o cérebro. Entre 50% e 70% das vítimas não sobrevivem.
Incidência: cerca de 25 casos a cada ano por país.
Principais sintomas: dor de cabeça intensa, vômitos persistentes e contínuos, sonolência, irritabilidade, delírio, convulsões.
Diagnóstico: é feito por meio de uma biópsia no fígado.
Tratamento: medicamentos para que a amônia seja retirada do fígado, dieta especial e controle das funções do cérebro, fígado e pulmão. A criança geralmente é internada em uma UTI pediátrica.

Osteogênesis Imperfecta

O que é: doença hereditária e genética causada por uma anomalia no colágeno do tipo I, encontrado nos ossos, tendões, pele e olhos. Seus portadores têm fraturas constantes, muitas vezes tendo que usar cadeira de rodas para se locomover. Existem quatro tipos da síndrome, dependendo da gravidade — indo do grau I ao IV.
Incidência: 1 em cada 30.000 ou 70.000 pessoas (dependendo do grau da doença).
Principais sintomas: pacientes com osteogênesis do grau I têm fraturas ósseas na infância. Na puberdade, os ossos tendem a ficar mais fortes. Eles também costumam ter alguma perda de audição (o que não acontece com os portadores de outros graus da doença). No grau II, as fraturas ocorrem no útero de mãe, antes do nascimento. As crianças têm nariz pequeno. No grau III, 50% dos doentes têm ossos quebrados antes do nascimento e o restante, logo após o parto. Seus membros são curtos e podem ter deformidades. Portadores da doença de grau IV têm algumas fraturas na infância.
Diagnóstico: é feito pelo médico com base na descoberta de um número anormal de fraturas nas pernas, quadris e braços da criança.
Tratamento: a doença começou a ser estudada pela Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, no ano passado. Até o momento, os pacientes recebem um medicamento que ajuda a fixar o cálcio nos ossos e tem se mostrado eficaz.





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